"Aos jornalistas de Imprensa sirvam um copo de leite. Aos jornalistas de Televisão, sirvam apenas a nata". (R. Gilbert)
Uma frase que se ouviu na formação de Media Training, realizada esta semana no Porto, e que define, de uma forma simples e directa, como gerir a comunicação consoante o meio de Comunicação Social ao qual se dirige.
Eu assisti a esta formação mais na perspectiva de saber como os assessores funcionam porque isso influencia necessariamente o meu trabalho como jornalista. E penso que as assessoras foram na perspectiva de aprender a comunicar melhor as suas mensagens. E acho que esta formação foi especialmente produtiva porque serviu para ambos os lados retirarem proveito. Eu sei que quando fizer uma peça e quando me relacionar com a minha fonte, vou ter em maior atenção o facto de aquela pessoa provavelmente ter a sua resposta treinada. E vou prestar ainda mais atenção ao seu discurso, pois o mais certo é este incidir sempre nos mesmos pontos, de forma a limitar a minha escolha. Se o assessor gerir assim a sua mensagem, está a fazer o seu trabalho bem feito porque assegura o seu objectivo. E eu, como jornalista, terei que contornar isso para desempenhar bem a minha função.
É curioso como esta relação entre jornalista e assessora não deixa de ser uma relação de guerra e de amizade. Guerra, porque é uma luta de poderes. O jornalista quer e precisa da declaração e o assessor, por seu lado, só vai falar do que quer e do que lhe convém. E há a relação de amizade, porque o assessor precisa do jornalista e vice-versa. Um perde necessariamente se não mantem ligações com o outro. E é aí que se estabelece esta relação de "dependência" que por vezes tem um sabor doce-amargo. Afinal, a palavra "dependência" mexe com o ego de muito boa gente...
Mas eu acredito numa boa comunicação entre assessores e jornalistas. E decidamente com a amizade como pano de fundo, tirei duas conculsões desta formação. Primeiro, que quero convictamente estar do lado do jornalista. Nada contra os assessores, mas o que me faz gostar desta profissão passa exactamente por essa busca de informação, por essa vontade querer saber mais e de fazer chegar esse conhecimento às pessoas.
Eu assisti a esta formação mais na perspectiva de saber como os assessores funcionam porque isso influencia necessariamente o meu trabalho como jornalista. E penso que as assessoras foram na perspectiva de aprender a comunicar melhor as suas mensagens. E acho que esta formação foi especialmente produtiva porque serviu para ambos os lados retirarem proveito. Eu sei que quando fizer uma peça e quando me relacionar com a minha fonte, vou ter em maior atenção o facto de aquela pessoa provavelmente ter a sua resposta treinada. E vou prestar ainda mais atenção ao seu discurso, pois o mais certo é este incidir sempre nos mesmos pontos, de forma a limitar a minha escolha. Se o assessor gerir assim a sua mensagem, está a fazer o seu trabalho bem feito porque assegura o seu objectivo. E eu, como jornalista, terei que contornar isso para desempenhar bem a minha função.
É curioso como esta relação entre jornalista e assessora não deixa de ser uma relação de guerra e de amizade. Guerra, porque é uma luta de poderes. O jornalista quer e precisa da declaração e o assessor, por seu lado, só vai falar do que quer e do que lhe convém. E há a relação de amizade, porque o assessor precisa do jornalista e vice-versa. Um perde necessariamente se não mantem ligações com o outro. E é aí que se estabelece esta relação de "dependência" que por vezes tem um sabor doce-amargo. Afinal, a palavra "dependência" mexe com o ego de muito boa gente...
Mas eu acredito numa boa comunicação entre assessores e jornalistas. E decidamente com a amizade como pano de fundo, tirei duas conculsões desta formação. Primeiro, que quero convictamente estar do lado do jornalista. Nada contra os assessores, mas o que me faz gostar desta profissão passa exactamente por essa busca de informação, por essa vontade querer saber mais e de fazer chegar esse conhecimento às pessoas.
Segundo, a minha paixão é trabalhar em televisão. É sem dúvida o meio que mais me fascina pois permite jogar com a imagem e com o som e desafia mais a criatividade. Por isso, para mim... apenas a nata, por favor.
2 comentários:
Apesar de não ter estado presente na formação, concordo com essa visão de interdependência entre assessores e jornalistas. O facto é que um dificilmente sobrevive sem o outro.
Quanto à questão de que lado escolher, vejo isso como uma predisposição pessoal. Eu nunca seria uma boa assessora, pelo menos, nunca o faria com o mesmo gosto com que faria uma reportagem.
E vice-versa...
Sendo assim, a minha opinião é consensual, enquanto jornalista entendo o lado dos assessores, e respeito-os porque, como disse, são as nossas fontes e não podemos viver sem eles. Por outro lado, procuro formas de saber todos os factos, todas as versões porque essa deve ser sempre a regra do jornalismo. Aliás não é à toa que não nos devemos basear numa única fonte.
Posto isto...arranjas uma nata também para mim pf? ;)
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