Erraste tanto como eu. Criticaste quem te julgou, mas um dia antes fizeste o mesmo. Se tinhas legitimidade? Não sei. Mas sei que o assunto nada tinha a ver contigo, não tinha e nem devia ter. Ainda hoje não entendo. Não entendo a minha impulsividade como não entendo a tua brutalidade. Erraste tanto como eu. Teres-me excluído da tua rede social foi uma infantilidade sem nome. Teres-me castigado no Natal uma maldade sem fim. E fizeste questão de me torturares ao teres passado o ano sem mim. Sabe-te bem estar sem mim. Escolhes as alturas a dedo. Partes só ou acompanhado, mas partes. Sem olhar para trás. Sem pensar em mim. E sabe-te bem fazer-me sentir culpada. Mas desta vez não pega. Erraste tanto como eu. Sei que estás sem paciência para os meus filmes e argumentos, mas eu também estou farta da tua casmurrice, do teu orgulho e do teu despreendimento. Essa postura de quem acha que tem sempre razão. Mas desta vez não pega. Erraste tanto como eu. Fomos os dois. Desgastámos demais o que tínhamos de mais bonito. É pena. Eu devia ter sido mais madura. Mas aos 26 anos não se pode exigir demais. Se valesses a pena também tinhas percebido que não é qualquer rapariga jovem que fazia o que eu fiz - aceitar um homem a entrar nos 40 e com o passado que tens - e tinhas-me estimado mais. Valorizei-te demais. Dei-te demais. Percebeste que me tinhas na mão e abusaste. Erraste tanto como eu.
1 comentário:
Ouchh...
É sempre triste quando as relações se deterioram a esse ponto!
Pensa que provavelmente já tinha que ser e se calhar já devia ter sido há mais tempo. Há alturas em que é preciso saber parar.
Lamento imenso e espero que rapidamente dês a volta por cima.
Um beijinho
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